CAUSOS II

Oláaaaa,

desejo que esta semana seja animada e feliz,
estou de volta com os meus causos que aconteceram realmente.
Em casa ou em viagens os acontecimentos maluquetes me perseguem.
Vamos lá:

Uma vez eu estava trabalhando e minha mãe disse que iria ao cinema com meu padrasto, quando chequei em casa lanchei e fiquei estudando por um bom tempo, parecia que ia chover então entrei em todos os quartos e fechei as janelas.

Continuei estudando quando escutei um barulho vindo dos quartos. Depois ouvi o barulho de novo, depois vi um vulto passando e pequei o interfone e chamei o porteiro (ele parecia o Zé Bonitinho, e ficava olhando no espelhinho e penteando o cabelo o dia inteiro). Disse que era para ele me acudir depressa porque tinha um fantasma ou um ladrão dentro de casa. O porteiro disse que iria ver o que faria. Eu com os olhos arregalados fiquei com a porta aberta esperando tremendo, até que chega o porteiro mais um guarda com arma em punho. Entram dentro de casa e pé ante pé fomos para os quartos e de repente sai um homem de dentro de um dos quartos de pijama verde água e eu e o porteiro saímos correndo quando o guarda nos chamou segurando o homem e perguntou se nós o conhecíamos.

Era o meu padrasto que não tinha ido ao cinema e estava deitado na cama com lençol verde água e de pijama verde água e eu não o vi.
Ele me perguntou o que estava acontecendo e após todos os esclarecimentos fiz um café para todos depois de ter ouvido muitos xingos do meu padrasto que havia levado o maior susto com dois homens dentro de casa e 1 armado.
Quando minha mãe chegou e ficou sabendo do ocorrido disse que se soubesse ela teria ficado em casa porque o acontecido tinha sido mais interessante que o filme.

Quando estava na faculdade eu sempre ia acampar com a turma que era muito legal e alegre.
Só que quando morava em apartamento, eu tinha medo de tudo e para dormir na barraca eu passava o cobertor por de trás das orelhas com medo de um inseto entrar em meus ouvidos. Com isso fiquei com o apelido de ribibiu, aquele bichinho lindinho de chuva e de luz.

Pela manhã fomos nadar no rio e eu custei para entrar porque sempre tive muito medo de água. Tudo que encostava em mim eu achava que era um peixe dentuço. Havia um colega que era magrinho e cabeçudo e nadava feito um peixinho. Quando ele me viu dentro do rio ficou todo feliz mergulhou fundo e subiu à superfície ao meu lado bem rápido. Gente o grito que eu dei foi de deixar surdo com dor de ouvido. Achei que era um jacaré e dos grandes.

Todos os meus colegas ficaram apavorados achando que era um bicho mesmo, quando viram que o jacaré era o magrelinho cabeçudo aí foi uma risada e uma farra geral e o menino também ganhou um apelido.

Até as pessoas dos acampamentos próximos vieram ver o que tinha acontecido e eu escondi de vergonha ora essa.

A primeira vez que andei de avião foi muito bom, fui com uma amiga da faculdade para a casa de um irmão dela em Cuiabá-MT. Na ida: entramos no avião ficamos embasbacadas de felizes, só que quando assentamos achei que estava muito frio e ela estava encolhida tampando-se com uma blusa de frio. Daí eu pedi um pedaço da blusa e ficamos as duas encolhidas com frio.

Quando o moço lindo chamado de comissário de bordo chegou, ficou olhando prá nós com vontade de rir e perguntou o que estava acontecendo. Eu disse que se soubesse que avião fosse tão frio eu tinha ido de ônibus mesmo.

Quando olhei direito pro moço não sabia se falava ou olhava aquela boniteza toda, chequei até a pensar que o avião tinha levado a gente pro paraíso. Aí o moço disse: vocês estão é com frio não é mesmo@ Aí eu disse: ele fala. Então ele mexeu nuns botôezinhos no teto e de repente fez um calorão danado e nós quardamos a blusa depressa. Tudo que passava a gente comia, achando a vida boa, até que tinha um sache marrom que eu achei que era chocolate e espirrei tudo na boca, era uma agüinha refrescante de gosto horrível.

Chegando a Cuiabá quase me casei, fomos num clube pular carnaval e começaram a estourar aquelas bombinhas no chão que eu tenho pavor. Vi um moço grandão, forte e bonito e escondi atrás dele e daí o moço gamou comigo. Disse que era de São José do Rio Preto e que tinha uma fazenda lá no Mato Grosso e depois de passearmos por vários dias pela cidade com minha amiga, ele queria que eu trouxesse toda minha família para morar na fazenda com ele, após casarmos. Os pais dele vieram me conhecer e ficou acertado um casamento futuro.

Na volta: entramos no avião e eu com um lencinho dando tiau para o fazendeiro, eu e minha amiga assentamos na poltrona. Ela não quis deixar as flechas de índio que compramos junto com as nossas bagagens, ficou com aquele embrulho enorme que já estava todo rasgando.

O avião tinha um compartimento para bagagem aberto igual ao dos ônibus então ela colocou as flechas lá, quando deu um solavanco as flechas caíram em cima do senhor na nossa frente e acho que ele pensou que estava tendo um ataque de índios, porque elas furaram o jornal do homem que ficou muito assustado.

Namorei o fazendeiro por um ano, ele lá e eu aqui, todo cavalinho que nascia, macaco que aparecia na fazenda, eu é quem dava nomes para eles.
Até que um dia ele me perguntou se eu sabia matar frango. Foi o fim de um romance à distância. Ele queria me transformar em assassina. De pensar que deixei de namorar outro gato lindo por causa dele.
Na época desse passeio estava usando muito terninho de shorts de cor clara e sandália de plástico com meinha. Um senhor cuiabano me parou na rua e perguntou se eu era bonita assim mesmo ou se eu ia jogar futebol.

Bom pessoal por hoje é só, mais ainda tenho um tantão de causos como
esses, quem sabe eu faço o Causos III.

Beijinhos cheios de batiotio.